1st Théo Brandão Festival of Ethnographic Film and Photography - Indigenous Peoples

(foto: Maracás Xucurú-Kariri, autoria: Celso Brandão)


Museu Théo Brandão de Antropologia e Folclore, 13, 14 e 15 de abril/2011 - Maceió-Alagoas/BRASIL

The 1st Théo Brandão Festival of Ethnographic Film and Photography is designed for productions based on ethnographic research or having characteristics of ethnographic descriptions. This festival honors Théo Brandão, who was an anthropologist and folklorist that always valued ethnic and cultural expressions. It is a realization of partnership between Théo Brandão Museum of Anthropology and Folklore/MTB and the laboratory on Visual Anthropology in Alagoas/AVAL, both from the Universidade Federal de Alagoas, Brazil.



O 1º Festival Théo Brandão de Fotografias e Filmes Etnográficos é voltado para produções situadas em contextos de pesquisas etnográficas, bem como produções de registros imagísticos e audiovisuais (fotográficos e fílmicos), reconhecendo o valor que o antropólogo e folclorista Théo Brandão sempre deu às manifestações étnicas e culturais. É uma realização de parceria entre o Museu Théo Brandão de Antropologia e Folclore-MTB e o laboratório Antropologia Visual em Alagoas-AVAL, ambos vinculados à Universidade Federal de Alagoas.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

ENSAIO: Poço de Areia







Aldemir Barros da Silva Júnior/UFBA
<aldemirbarrosjr@gmail.com>
Ano e local da realização: 2006 / ALTO SERTÃO ALAGOANO.
Formato Original: ( X ) digital
Resumo do Ensaio:
A presença dos Geripancó na região atualmente conhecida como alto sertão alagoano é de tempo imemorial. O grupo é uma ramificação dos Pankararus cuja documentação oficial registra sua existência na região do Rio São Francisco desde o século XVI. A formação do aldeamento Geripancó no lugar denominado Ouricuri tem como referência a compra desta parcela de terra pelo índio José Monteiro do Nascimento (Zé Carapina) em 1942. Contudo, o registro da presença do grupo na região ultrapassa essa data. Atualmente, os Geripancó estão distribuídos em sete núcleos: Ouricuri, Figueiredo, Piancó, Poço de Areia (Moxotó), Serra do Engenho, Araticum e Caraibeiras. Destas, apenas os três primeiros encontram-se dentro da área indígena, identificada em 1992, entretanto todos os núcleos recebem assistência do Governo em relação à saúde e educação. Segundo depoimentos, a área Geripancó que se pretende demarcar incluiria a núcleo Poço da Areia, localizado a margem esquerda do rio Moxotó. A fixação dos Geripancó nesse núcleo é anterior ao Ouricuri. Por volta de 1850 as famílias Bernardino, Cipriano, Cristóvão e Galvão que já habitavam o espaço, foram obrigadas a cercá-lo, em virtude das ações de um fazendeiro da região que pretendia invadi-lo. Na década de 1920 alguns índios venderam pedaços de terras o que iniciou a infiltração de posseiros neste espaço. Atualmente, há tensão na relação daqueles indígenas com seus vizinhos - e posseiros - pois eles avançaram suas cercas no espaço pertencente aos índios. Em virtude de não poderem garantir os limites de suas terras, os Geripancó do núcleo Poço de Areia pleiteiam proteção do Estado.

Um comentário:

  1. otimo texto!
    gostaria de saber ainda qual o tipo de alimentação, e vestimentas diarias.
    ficaria muito grata se pudesse me responder.

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